O presidente da Argentina, Javier Milei, declarou que o escândalo envolvendo sua irmã Karina Milei não passa de uma “operação de inteligência ilegal” com o objetivo de desestabilizar seu governo. As declarações foram feitas na rede social X, após a divulgação de áudios que indicam suposto esquema de propina envolvendo Karina, secretária-geral da Presidência.
Segundo Diego Spagnuolo, ex-chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis), Karina Milei e Eduardo “Lule” Menem teriam cobrado até 8% de propina de indústrias farmacêuticas para garantir contratos com o governo, movimentando cerca de US$ 800 mil por mês. A denúncia provocou a demissão de Spagnuolo e a abertura de investigação judicial, com buscas na Andis e na empresa Suizo Argentina.
O governo argentino nega as acusações, classificando os áudios como mentirosos e manipulados. Milei apareceu em público ao lado da irmã, reforçando seu apoio, enquanto aliados sugerem que se trata de perseguição política em plena campanha eleitoral.
A Justiça argentina proibiu a saída dos investigados do país, e quatro celulares apreendidos, incluindo o de Spagnuolo, estão sendo analisados para verificar a veracidade das gravações. Caso Karina Milei seja considerada culpada, o escândalo poderá prejudicar a imagem anticorrupção do presidente e impactar seu desempenho nas eleições legislativas de outubro.