Agricultores familiares em Mato Grosso podem receber entre R$ 1,5 mil e R$ 28 mil por ações que preservem a floresta, por meio do projeto Floresta+ Amazônia. A iniciativa, com recursos de US$ 96 milhões, é coordenada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com apoio do Fundo Verde para o Clima (GCF) e das secretarias estaduais de Agricultura Familiar e Meio Ambiente.
O projeto está em seu segundo edital e é voltado para produtores com imóveis rurais de até quatro módulos fiscais. O valor recebido depende do estágio de regularização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) da propriedade. Atualmente, 100 agricultores estão inscritos em Mato Grosso, segundo a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf).
Além de agricultores familiares, o programa também atende povos indígenas, ribeirinhos, extrativistas e quilombolas, incentivando a permanência no meio rural e a preservação ambiental.
A coordenadora do Floresta+ Amazônia em Mato Grosso, Patrícia Palermo, destacou que o projeto reconhece e valoriza o serviço ambiental prestado pelos produtores:
“O produtor que conserva a floresta está prestando um serviço para o país, e por isso tem direito a receber. Esse incentivo fortalece o combate ao desmatamento e valoriza quem mantém a mata preservada”, afirmou.
O projeto abrange os estados da Amazônia Legal, incluindo Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão.
Para participar, o interessado deve acessar o site do Floresta+ Amazônia e se inscrever no edital “Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) para a Agricultura Familiar”, com conta ativa no Gov.Br. Quem não possui CAR deve procurar a coordenação local do projeto em Cuiabá. Mais informações podem ser obtidas pelo (65) 9 9620-2894.