Foto: Reprodução/ Instagram
Wednesday, 03 de September de 2025 - 12:11:10
Quem é TH Joias, deputado e joalheiro preso por ligação com facções no Rio
PERFIL TH JOIAS

O deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias (MDB), de 36 anos, foi preso nesta quarta-feira (3) em operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio. Ele é investigado por tráfico, lavagem de dinheiro e negociação de armas com o Comando Vermelho.

Nascido no Morro do Fubá, na Zona Norte do Rio, TH herdou o ofício de ourives do pai, Juberto, e assumiu a joalheria da família em Madureira aos 19 anos. Suas peças ganharam notoriedade no mundo artístico e esportivo, o que lhe rendeu o apelido de “Joias”. Paralelamente, financiava projetos sociais, festas comunitárias e patrocinava atletas e músicos em favelas.

O interesse pela política surgiu após contato com Marcos Falcon, ex-policial e presidente da Portela, assassinado em 2016 durante a campanha eleitoral. Em 2017, TH foi preso em uma operação da Polícia Civil sob suspeita de pagar propina a agentes e de envolvimento com tráfico e armas. Passou 10 meses na cadeia.

Mesmo sob investigação, entrou para o MDB e conquistou 15.105 votos em 2022, ficando como suplente. Em 2024, assumiu mandato na Alerj após a morte de Otoni de Paula pai e a permanência de Rafael Picciani no secretariado estadual. Ele chegou a dizer, em entrevista à revista Veja, que era “réu primário e ficha limpa”. Atualmente, presidia a Comissão de Defesa Civil da Alerj.

Nesta quarta-feira, TH não foi localizado em sua residência principal, um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, mas acabou preso em outro imóvel de alto padrão na região. Além dele, 14 pessoas foram detidas, incluindo policiais, ex-secretários e lideranças ligadas ao tráfico.

A investigação aponta que o parlamentar utilizava o mandato para favorecer o Comando Vermelho, nomeando comparsas na Alerj. O MDB anunciou a expulsão imediata de TH de seus quadros. Já a Alerj afirmou que acompanhou as diligências e prestou apoio às autoridades.

Texto/Fonte: G1