Foto: Santa Casa/Divulgação
Terça, 28 de dezembro de 2021 - 14:33:42
Secretário critica festas e afirma que prefeitos têm que agir contra surto de gripe
ANO NOVO EM CASA

O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, critica municípios que vão fazer festa de Ano Novo e cobra medidas para conter o surto de gripe H3N2 que se espalha pelo país. Ele afirma que as farmácias já estão em colapso sem medicação e o sistema de saúde sobrecarregado. Ressalta que este é um assunto da atenção básica, portanto, de responsabilidade das prefeituras.

“Os municípios pequenos, que têm pequena estrutura estão promovendo eventos dessa natureza. Estão sobrecarregando o sistema de saúde, que é onde a população corre para ser socorrida, é triste verificar que num momento em que tivemos um grande sacrifício pra controlar a pandemia, agora temos flexibilizações imprudentes acontecendo Brasil à fora”, argumentou em entrevista na manhã desta terça-feira (28).


O secretário explica que a H3N2, responsável pelo surto no país e com casos registrados no estado, é uma variação da gripe, mas que a vacina contra H1N1 não protege o organismo. O imunizante capaz de combater a cepa só deve fazer parte do Plano Nacional de Imunização.


O gestor explica que esses casos de contaminação podem tomar proporções mais graves e as medidas de contenção para a influenza são as mesmas adotadas contra a covid: não aglomerar e usar máscaras.


“Cada município à luz da sua situação, tem que adotar as medicas necessárias. É uma incoerência quando temos uma nova epidemia ocorrendo, eventos sendo realizados como se estivéssemos no paraíso”, criticou o secretário.


Ele se refere a cidades que farão festas de Ano Novo. Um delas é Chapada dos Guimarães, que fez o anúncio no começo de mês e tem umas das festividades mais tradicionais do estado.


“O Ano Novo vai existir, assim como o Carnaval. O que estamos sugerindo é contenção, prudência. Quem de nós não vai passar o Réveillon? Vai passar em casa, com a família. O que estamos sugerindo é que não haja grandes festas, grandes aglomerações, o que já está comprovado é que não existe controle sanitário nenhum. Basta ir aqui pertinho de Cuiabá para ver oque acontece. As pessoas praticamente sem nenhuma proteção e aí o vírus vai se multiplicando”, alfinetou.

Texto/Fonte: Gazeta Digital