O Senado Federal votará nesta quinta-feira (24) um projeto de lei que define a quantidade mínima de cacau no chocolate fabricado no Brasil. Se aprovado, o projeto seguirá para a Câmara dos Deputados e, posteriormente, para sanção presidencial.
A proposta visa aprimorar a portaria de 2022 da Anvisa, que já estipula percentuais mínimos de cacau para produtos. O projeto do senador Angelo Coronel (PSD) determina os seguintes percentuais mínimos:
Cacau em pó: 10% de manteiga de cacau e 9% de umidade.
Chocolate amargo/meio amargo: 35% de sólidos de cacau, com 18% de manteiga de cacau e 14% sem gordura.
Chocolate em pó: 32% de sólidos de cacau.
Chocolate ao leite: 25% de sólidos de cacau e 14% de sólidos de leite.
Chocolate branco: 20% de manteiga de cacau e 14% de sólidos de leite, sem corantes.
Além disso, a proposta exige que produtos de cacau indiquem o percentual de fruta nas embalagens, garantindo mais transparência para os consumidores.
A Anvisa já havia determinado em 2022 que, para ser considerado chocolate, o produto deveria conter pelo menos 25% de cacau, com 20% para o chocolate branco.
A alta do preço do cacau, que subiu 190% nos últimos dois anos, tem influenciado o mercado, com a indústria buscando alternativas mais baratas. O projeto do Senado visa evitar que produtos com baixo conteúdo de cacau sejam chamados de chocolate.
Atualmente, há um projeto semelhante na Câmara dos Deputados, que exige 35% de sólidos de cacau.