O senador Wellington Fagundes não escondeu a emoção ontem (23) ao agradecer os colegas do Senado pela aprovação do que chamou ‘Projeto da Vida’. A autorização para que laboratórios e indústrias veterinárias produzam os ingredientes e a tão desejada vacina contra a Covid-19 é um marco que pode mudar o placar do Brasil na luta contra a pandemia.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já se comprometeu a agilizar a sanção do presidente Jair Bolsonaro ao projeto. E anunciou que comprará toda a produção nacional. Estamos falando de pelo menos 400 milhões de doses de vacinas ainda este ano. Tudo feito no país com segurança, custo menor e rapidez.
“Estamos abrindo a possibilidade de acabar com a triste dependência que hoje temos de outros países. Passaremos a produzir vacinas em quantidade suficiente para atender toda nossa população e até a ser um exportador de vacina”, destacou Fagundes.
Ainda é cedo para avaliar a conquista em toda sua dimensão. Mas, se tudo der certo, o Brasil se tornará autossuficiente em vacinas e terá as ferramentas inclusive para vencer novas cepas do coronavírus no futuro. E isso pode mudar muita coisa.
Na sessão de ontem senadores como Vital do Rêgo (MDB-PB), Esperidião Amin (PP-SC) e Jean Paul Prates (PT-RN) lembraram que tornar-se autossuficiente na produção de vacinas significa que milhares de vidas serão salvas, que a economia poderá retomar seu curso normal e que assumiremos uma condição privilegiada no cenário global no que diz respeito à pandemia.
Os senadores também destacaram o papel da ‘boa’ política e o empenho pessoal de Fagundes – que soube juntar as ‘pontas’ da ciência, representada pela Academia Brasileira de Medicina Veterinária; do setor privado, através do Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos para a Saúde Animal (Sindan) e o Poder Público – para realizar o maior desejo dos brasileiros neste momento.
Fagundes disse que esta foi a maior vitória em seus 30 anos de mandatos consecutivos no Congresso Nacional. Um dia antes ele havia manifestado otimismo, mas sem esconder a ansiedade com a votação decisiva. Ontem, com o placar histórico, disse que teria sonhos melhores.
“Com a ajuda de muitos parlamentares e dezenas de outras pessoas conseguimos aprovar esse que é o projeto de maior alcance social do país. Hoje não só vou dormir, vou sonhar principalmente com as crianças que estão nascendo e com as nossas futuras gerações”, afirmou o senador mato-grossense.