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Saturday, 18 de March de 2023 - 14:37:59
Senadora de MT segue orientação de Lula e retira assinatura da CPI do Golpe; Fagundes mantém
ATOS DE 8 DE JANEIRO
A medida de Pacheco ocorreu porque o pedido foi feito na legislatura passada, com nomes de senadores que já encerraram os seus mandatos.

Após orientação da base governista, a senadora Margareth Buzetti (PSD) retirou a sua assinatura do requerimento para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os atos golpista e de depredação contra os três Poderes da Constituição, do dia 8 de janeiro. Com isso, apenas o senador Wellington Fagundes (PL), manteve o apoio.

A retirada ocorreu após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ter dado dois dias para que quem assinou o requerimento em janeiro, quando a senadora Soraya Thronicke (União-MS) propôs a investigação, ratificasse o apoio. O prazo se encerrou nesta sexta-feira (17).

A medida de Pacheco ocorreu porque o pedido foi feito na legislatura passada, com nomes de senadores que já encerraram os seus mandatos.

Buzetti, que no início defendia a investigação, chegou a fazer duras críticas aos ataques criminosos contra os prédios do Palácio da Alvorada, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) em sua conta no Instagram. Ela chegou a ser bombardiada de críticas e ameaças de bolsonaristas na época.

 

A mudança de Buzetti ocorre porque o governo Lula (PT) entendeu que a CPI poderá se tornar um palanque permanente para que os bolsonaristas insistam no '3º turno' das eleições, já que ainda não aceitam a derrota de Jair Bolsonaro (PL) no ano passado.

A senadora, que se filiou ao PSD, passou a fazer parte da base de sustentação do governo, após um acordo para que ela assumisse a vaga de Senado, já que o titular, Carlos Fávaro (PSD), está ocupando o cargo de Ministro da Agricultura.

A proposta da CPI pede que seja apurada a responsabilidade pelos atos, possíveis omissões de autoridades e a existência de financiadores. Além deste, há outro requerimento para a criação de uma comissão mista (CPMI), ou seja, composta por senadores e deputados federais.

Texto/Fonte: Pablo Rodrigo