Na manhã desta terça-feira (28.05), o ex-coordenador de Tecnologia da Informação da Secretaria do Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc) de Mato Grosso, Edimilson Argemiro Galvan Filho, encontrou-se diante das autoridades policiais para negar sua associação ao tráfico de drogas em Cuiabá. Galvan, entretanto, admitiu ter criado um site na chamada "Dark Web" com o objetivo de aplicar golpes e arrecadar dinheiro.

Sua prisão temporária foi decretada no mesmo dia, após investigações que apontaram sua participação no desenvolvimento e administração de uma plataforma destinada ao tráfico de entorpecentes, utilizando-se de meios digitais ocultos na capital.

Durante o interrogatório, o técnico de informática confessou a criação do site com o propósito de lesar usuários por meio de golpes. No entanto, ele alega que, após as vendas serem realizadas e os pagamentos recebidos, as drogas não eram entregues aos compradores.

O delegado da Polícia Civil do Distrito Federal, Eduardo Dal Fabbro, destacou que, apesar da confissão de Galvan em relação aos golpes, o caso configura-se também como tráfico de drogas e associação a esse crime, dado que ele expunha a venda de entorpecentes.

"Fabbro afirmou: 'A exposição da venda de drogas no site já se configura como tráfico de drogas'".

Além disso, as investigações revelaram que o site estava ativo há cinco anos, e que o ex-servidor público utilizava o computador da Secretaria de Assistência Social do Estado para acessar a plataforma e finalizar possíveis vendas.

Embora os dados tenham sido coletados, não foi possível identificar o valor movimentado pelo suspeito, uma vez que as transações eram realizadas por meio de criptomoedas, dificultando o rastreamento, mesmo com a quebra do sigilo bancário.

Com a prisão de Edimilson Argemiro, o site agora está sob custódia da Polícia Civil, que continuará a investigação para identificar possíveis cúmplices envolvidos na manutenção do site ou no tráfico de drogas.

O ex-coordenador de TI permanecerá à disposição da Justiça de Mato Grosso, onde o caso será analisado para possível decretação de prisão preventiva.