O delegado de Polícia Civil de Sinop, Sérgio Ribeiro, alertou moradores para se atentarem a falsas negociações pelas redes sociais. Além da prevenção para não cair no golpe, a pessoa que adquirir um produto de crime, geralmente abaixo do valor, também pode responder pelo crime de receptação. “Um videogame que valeria entre R$ 4,5 a R$ 5 mil, foi vendido a R$ 700. Então, geralmente a pessoa quando compra um objeto a um preço muito abaixo do mercado, num valor que ele sabe que não é aquele que está sendo comercializado e sem nota fiscal, esse cidadão incide no crime de receptação”, relatou.

O delegado falou também sobre uma ocorrência registrada esta semana em Sinop após o golpe envolvendo a venda de um videogame. “Investigando as transferências bancárias, para quem foram transferidos os valores da compra do aparelho eletrônico, a gente verificou que o cidadão titular do CPF, da conta-corrente é um morador do Macapá, no Amapá, e esse cidadão inclusive já foi preso naquele município, pela prática deste tipo de crime”.

“A gente alerta as pessoas, se um bem está num valor muito abaixo do normal, se você comprar, saiba que você está arriscando ser preso, ser conduzido para a delegacia por estar comprando um objeto produto de um crime, seja de furto, roubo, estelionato ou qualquer outro crime que a pessoa praticou para adquirir aquele bem. Então tenha cuidado, é muito comum hoje a compra e venda utilizando sites, aplicativos e as demais redes sociais, só que, coloque uma dose a mais de cautela quando os anúncios forem em redes sociais, porque ali está público a todos e você tem pouco controle da origem dos objetos. Tenham cuidado, para não acabar respondendo pelo crime de receptação”, acrescentou.

O delegado acrescentou ainda que, golpistas utilizam vários métodos para enganar as vítimas. “Os estelionatários eles sempre usam um artifício, o cara é empresário, policial, promotor, é amigo, sempre tem algo para angariar a confiança e esta é uma das etapas da fraude. Nós temos quatro elementos para a fraude: o prejuízo, a enganação, a própria fraude e a vantagem ilícita obtida pelo estelionatário. Uma hora ele se passa por alguém ou outra hora é falsificar um documento, sempre no estelionato tem essa enganação, então as pessoas têm que ficar atentas e ter cuidado porque o negócio bom demais, pode ser fraude”, concluiu.