O plano de socorro ao agronegócio em elaboração pelo governo deverá ter como uma nova linha de crédito em dólar do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor inicial de US$ 1,5 bilhão (R$ 7,47 bilhões), com juros entre 7,5% até 8,2% ao ano.

De acordo com fontes do Ministério da Agricultura, o crédito será oferecido para fornecedores de insumos agrícolas ou diretamente aos produtores para criar capital de giro.

A medida, prometida pelo ministro Carlos Fávaro em meio à pressão do setor, pode ser divulgada até dia 21 de fevereiro.

Trata-se de uma segunda rodada de ações emergenciais, após anúncio feito na sexta-feira passada (2) de ajuda às cooperativas rurais.

Fávaro se reuniu na semana passada com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir o cenário do agro e trabalhar em medidas para mitigar os fatores que pressionam o setor.

O ministro da Agricultura já admitiu à CNN que o setor vive “momento difícil” com a seca que atingiu, principalmente, produtores do Centro-Oeste, alto custo de produção e preços de commodities pressionados.

Integrantes da pasta acreditam que esses fatores podem dificultar as safras dos próximos anos, mas avaliam que o produtor está “capitalizado”, já que os últimos anos foram favoráveis aos agricultores.

A linha do BNDES será focada no custeio para a safra deste ano. Além dos juros abaixo da taxa Selic, atualmente em 11,25% ao ano, a medida deve prever carência de dois anos e mais três anos para pagamento.