O relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado no último dia 11, centralizou as atenções do mercado.
“Isso porque se esperava que finalmente o USDA reduziria a produtividade média estimada para as
lavouras norte-americanas, visto que as condições delas estão abaixo das registradas no ano passado”, explica o analista e consultor de Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque.
O USDA confirmou o sentimento do mercado, cortando produtividade, produção e estoques. “Mas, apesar de os cortes terem sido superiores aos esperados, Chicago demonstrou pouca reação”, pondera o analista.
Para Roque, esse movimento do mercado pode ser motivado pelo sentimento de que, mesmo com uma safra menor nos Estados Unidos, a tendência de recuperação da produção da América do Sul, em especial da Argentina, deve colocar uma oferta maior de soja no mundo na temporada 2023/24.
“Esse fator deve pesar sobre os contratos futuros de 2024”, acredita.
O USDA indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,205 bilhões de bushels em 2023/24, o equivalente a 114,44 milhões de toneladas.
O número ficou abaixo da previsão do mercado, que era de 4,240 bilhões de bushels, ou 115,4 milhões de toneladas. No relatório anterior, a previsão era de 4,300 bilhões ou 117,02 milhões de toneladas.