A atualização de fevereiro do custo de produção da soja GMO para a safra 21/22 trouxe um aumento de 0,72% no custo operacional total (COT) em comparação ao mês anterior, alcançando R$ 3.662,96/ha.
Já em relação ao custeio houve um aumento de 0,74%, puxado pelas operações mecanizadas, que encareceram 1,65% (combustível mais valorizado devido ao câmbio e à alta do petróleo) e pelas sementes, que valorizaram 1,89%. Importante destacar também que o arrendamento subiu 1,24%, impulsionado pela alta da saca de soja.
Em relação às regiões do estado, aquelas que mais se destacaram na atualização do COT foram a sudeste (+1,02%), seguida da norte e nordeste – com aumento de 1,00%. Por fim, vale ressaltar que para MT a temporada 21/22, até o momento, está com o COT 8,13% superior ao custo ocorrido na safra 20/21 e ainda faltam ser adquiridos 42% dos insumos, que por sua vez estão com tendência altista nos preços.
CHUVAS NA COLHEITA
A última semana foi de muita chuva, mais uma vez, em Mato Grosso. Os acumulados chegaram a 66,40 mm (Aproclima/TempoCampo) para o estado, com destaque para as regiões noroeste, centro-sul e oeste, que alcançaram 74,00 mm, 71,28 mm e 71,04 mm, respectivamente.
Apesar disso, os agricultores conseguiram avançar nos trabalhos a campo e colheram 1,19 milhão de ha nos últimos sete dias, ou seja, resta pouco mais de 0,85 milhão de ha para alcançar os 10,30 milhões de ha projetados para o estado.
Com os volumes de chuva alcançando aproximadamente 10 mm/dia de média, a alta umidade continuou predominando nas cargas que chegaram aos centros de recebimento de grãos, causando mais descontos ao sojicultor.
Porém, o que mais preocupa o produtor neste momento é a finalização da semeadura do milho e as perspectivas climáticas para os próximos dois meses, que não estão muito boas.