Foto: Divulgação/Lonestar
Wednesday, 29 de October de 2025 - 11:04:22
Starcloud e Lonestar apostam em satélites como alternativa mais eficiente e sustentável
EMPRESAS PLANEJAM DATA CENTERS NO ESPAÇO PARA PROCESSAMENTO DE IA

Empresas americanas estão desenvolvendo projetos para levar data centers ao espaço, com objetivo de reduzir custos, melhorar eficiência energética e evitar limitações de terreno na Terra. A Starcloud e a Lonestar estão entre as pioneiras, e acreditam que, em breve, o espaço será o principal local para processar grandes volumes de informações, especialmente em inteligência artificial.

A Starcloud planeja lançar módulos de data centers que se conectam no espaço, alimentados por enormes painéis solares de 4 km por 4 km. O primeiro protótipo, de 1 kilowatt, deve ser lançado ainda em 2025 e utilizará o chip H100 da Nvidia. A empresa projeta expandir a capacidade progressivamente: 10 quilowatts em 2026, 40 megawatts na década de 2030 e data centers de 15, 30 e 60 petabytes nos anos seguintes.

A Lonestar, por sua vez, focará em armazenamento de informações críticas em órbita mais alta, no ponto de Lagrange L1, entre a Terra e a Lua, a cerca de 300 mil km, garantindo maior segurança e menor latência não sendo tão crucial. A empresa já enviou um protótipo ao espaço em março de 2025.

Entre as vantagens, os data centers espaciais poderão captar energia solar em abundância, dissipar calor via radiadores sem necessidade de grandes volumes de água e reduzir custos operacionais — a Starcloud estima economia de US$ 140 milhões na Terra para cerca de US$ 20 milhões no espaço, conforme aumenta a escala de operação.

Os desafios incluem gerenciar o calor no vácuo espacial, proteger os chips de radiação e lidar com o lixo espacial. Empresas afirmam que seguirão regulamentações estritas, incluindo planos para desorbitarem satélites desativados de forma controlada, evitando riscos ambientais e legais.

Segundo executivos, os próximos dez anos devem marcar o início de uma nova era, com data centers no espaço se tornando uma alternativa viável e estratégica para o processamento de dados de alta performance.

Texto/Fonte: G1