A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Guarantã do Norte confirmou, por meio de laudos técnicos, que o disparo que matou uma adolescente de 15 anos no dia 3 de maio foi voluntário, ou seja, houve acionamento do gatilho por parte do atirador. O responsável pelo tiro, o médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, se entregou dois dias após o crime e foi preso.
De acordo com a Politec, as análises incluíram laudos de local de crime, necropsia e reprodução simulada, que demonstraram a inexistência de falha na arma ou disparo involuntário. A perícia ressaltou que a classificação como tiro voluntário não implica, por si só, na intenção de matar — a motivação e intenção do autor ainda estão sob investigação da Polícia Civil.
A trajetória do projétil, registrada no laudo de necropsia, confirmou o disparo na parte de trás da cabeça da vítima, com marcas compatíveis no interior do veículo Hyundai Creta onde ocorreu o crime. O projétil foi recuperado dentro do carro, mas o estojo da munição não foi encontrado.
A reprodução simulada reforçou a versão apresentada por Bruno em depoimento, confirmando o alinhamento entre o cano da arma e a cabeça da vítima. Segundo os peritos, o cenário reconstituído é coerente com os elementos já colhidos na investigação.
Bruno foi indiciado pela Polícia Civil pelos crimes de feminicídio, porte ilegal de arma de uso restrito, disparo de arma de fogo, dirigir sob influência de álcool, entregar veículo a pessoa não habilitada, dano ao patrimônio público e por servir bebida alcoólica à menor de idade.