As decisões que concluíram a tramitação das ações penais no Supremo Tribunal Federal detalham os locais onde cada réu condenado no núcleo central da trama golpista cumprirá pena. O trânsito em julgado encerra a possibilidade de novos recursos e libera a execução imediata das sentenças.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses, continuará na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde já está detido preventivamente desde sábado (22). A determinação do ministro Alexandre de Moraes mantém Bolsonaro no mesmo espaço de Estado-Maior, equipado com banheiro, frigobar e televisão.

O ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, condenado a 24 anos, foi direcionado ao 19º Batalhão da Polícia Militar, conhecido como Papudinha, dentro do Complexo da Papuda. O STF também determinou que Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil, permaneça na 1ª Divisão de Exército, na Vila Militar, no Rio de Janeiro, onde já estava preso desde dezembro de 2024.

A lista inclui ainda Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, condenado a 24 anos, que cumprirá pena na Estação Rádio da Marinha, em Brasília, e dois generais do Exército: Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira. Condenados a 21 e 19 anos, respectivamente, ambos serão mantidos no Comando Militar do Planalto.

O deputado Alexandre Ramagem Rodrigues, por sua vez, permanece foragido. A decisão de Moraes registra que não há local definido para o cumprimento de pena até que ele seja localizado.

O tenente-coronel Mauro Cid, delator da trama, também integra o núcleo considerado crucial. Mas, beneficiado pela delação premiada, recebeu pena reduzida a dois anos, a serem cumpridos em regime aberto.

As determinações do STF consolidam o desfecho das ações relativas ao plano golpista e abrem caminho para a completa execução das sentenças impostas aos envolvidos.