O Tribunal de Justiça decidiu manter a absolvição sumária do policial militar Jhonatan Ulysses, de 34 anos, pela morte do empresário Edmilson Martins de Lima, de 37 anos. O incidente ocorreu em fevereiro de 2019, no pátio de um estabelecimento próximo à praça Plínio Callegaro. O soldado havia sido absolvido em abril deste ano pela juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, da 1ª Vara Criminal de Sinop.
O Ministério Público do Estado (MPE) apoiou a decisão, mas um familiar de Edmilson, atuando como assistente de acusação, recorreu, alegando que o réu não havia provado a excludente de legítima defesa e solicitou que a absolvição fosse revista e o caso levado a júri popular.
No entanto, os desembargadores concordaram com a sentença original. O relator, desembargador Luiz Ferreira da Silva, afirmou que não houve excesso ou intenção deliberada de causar a morte, mas sim uma reação para repelir uma agressão injusta. Ele destacou que a decisão da juíza estava correta ao considerar a atuação de Jhonatan como legítima defesa.
O MPE, que havia denunciado Ulysses, recomendou a absolvição sumária durante as alegações finais, argumentando que o policial agiu em legítima defesa. Edmilson foi atingido por um único disparo de pistola após um desentendimento com o policial. Segundo a versão dos eventos, o confronto começou quando o PM encostou seu veículo no carro do empresário, levando a uma discussão que evoluiu para agressões físicas. A vítima tentou pegar a arma do policial, o que levou ao disparo fatal.
A juíza Rosângela Zacarkim dos Santos explicou que, durante o confronto, Edmilson tentou agredir o policial e pegar sua arma, forçando o PM a disparar para se defender. O Corpo de Bombeiros foi chamado, mas Edmilson já estava morto quando chegaram.
O policial, que sofreu ferimentos nos joelhos, prestou depoimento na delegacia e foi liberado na mesma noite. Sua arma foi entregue à perícia, e a reconstituição do crime ocorreu um mês depois. Edmilson Martins foi sepultado em Maringá (PR), onde residia.