Subiu para 12 o número de mortos em um ataque da artilharia do Paquistão no distrito de Poonch, na Caxemira controlada pela Índia, segundo a agência AFP. A ofensiva desta quarta-feira (7) foi uma retaliação direta aos ataques indianos realizados no dia anterior, que deixaram ao menos 26 mortos e 46 feridos no território paquistanês, segundo Islamabad.
O governo indiano afirmou que suas ações foram "precisas e contidas", mirando supostos campos terroristas e centros de treinamento localizados em áreas paquistanesas. Autoridades militares alegam que os bombardeios foram preventivos, motivados por informações de inteligência sobre planos de novos ataques contra a Índia.
Em resposta, o Paquistão lançou projéteis contra áreas indianas na Caxemira e prometeu novas retaliações. O espaço aéreo paquistanês foi fechado por 48 horas e 52 voos com destino ao país foram cancelados ou desviados. Várias explosões foram ouvidas em Muzaffarabad e outras regiões montanhosas, acompanhadas de cortes de energia.
O cenário de conflito se agravou após o massacre de 26 turistas indianos em Pahalgam, no lado indiano da Caxemira, no último dia 22. A Índia responsabilizou o Paquistão pelo ataque, o que Islamabad negou veementemente.
Ambos os países são potências nucleares e têm um histórico de confrontos desde a partilha da colônia britânica em 1947. A região da Caxemira, situada no Himalaia, é disputada por Índia, Paquistão e China, mas sua maior parte é controlada por indianos e paquistaneses.
Diante da crescente tensão, a ONU emitiu um apelo por "máxima contenção" de ambas as partes para evitar um conflito mais amplo. A comunidade internacional acompanha com preocupação o risco de um confronto militar entre duas das maiores forças armadas da Ásia.