O Exército de Israel deu início nesta terça-feira (16) à ofensiva terrestre para ocupar a Cidade de Gaza, após semanas de cerco e bombardeios intensos. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou que a região “está em chamas” e que as tropas atuam “com punho de ferro” para derrotar o Hamas e libertar reféns.

Um oficial militar israelense disse à agência Reuters que a principal fase da operação já está em curso, com avanço em direção ao centro da cidade. O número de soldados mobilizados deve aumentar nos próximos dias, e o governo Netanyahu informou que as ações podem se prolongar.

A escalada ocorreu após reunião entre o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o premiê israelense. Segundo o site Axios, o presidente Donald Trump declarou apoio à ofensiva, desde que seja rápida. Ele também acusou o Hamas de mover reféns para a superfície, supostamente para usá-los como “escudos humanos”.

No domingo (14), ataques aéreos já haviam destruído mais de 30 prédios residenciais, forçando parte da população a deixar a região. Autoridades locais de saúde relatam que mais de 63 mil palestinos morreram desde o início da guerra, em outubro de 2023, a maioria civis.

Israel afirma que a Cidade de Gaza abriga o “último bastião” do Hamas, em uma área onde vivem cerca de 1 milhão de pessoas. A guerra começou após ataque do grupo terrorista no sul de Israel, que deixou mais de 1,2 mil mortos.