Ovacionado no Parlamento de Israel, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou a libertação de reféns como um marco histórico para a região e destacou o que chamou de “triunfo incrível para Israel e para o mundo”. Em discurso de mais de uma hora, Trump ressaltou que os Estados Unidos se unem a Israel em dois votos eternos: nunca esquecer e nunca mais repetir os horrores vividos. Segundo ele, a retirada de reféns simboliza a transformação de vitórias militares em oportunidades de paz e prosperidade.
O presidente americano também falou sobre a reconstrução da Faixa de Gaza, destacando que pretende supervisionar uma equipe de governança composta por “pessoas ricas e poderosas que querem e vão fazer o bem”. Trump apelou para que os palestinos abandonem o caminho da violência e concentrem esforços na estabilidade, segurança, dignidade e desenvolvimento econômico da região.
Durante o discurso, Trump elogiou Netanyahu e o chefe das Forças Armadas de Israel, Eyal Zamir, ao mesmo tempo em que fez um aceno ao Irã, afirmando que a cooperação é sempre possível, mesmo diante de um histórico de hostilidades. O republicano garantiu que o Hamas cumprirá o plano de desarmamento proposto e enfatizou a importância de consolidar a paz após anos de conflito.
O cessar-fogo incluiu a libertação de 20 reféns israelenses pelo Hamas e a devolução de quase 2 mil prisioneiros palestinos por Israel, entre eles 250 condenados à prisão perpétua. Apesar do avanço, ainda não foram definidos detalhes sobre a transição de governo na Faixa de Gaza e a entrega total das armas do Hamas, pontos que permanecem em negociação com mediação de Egito, Catar e Turquia.
A troca de reféns e prisioneiros marca o primeiro passo de um acordo de paz intermediado pelos Estados Unidos, que visa reduzir confrontos e permitir a reconstrução da região após anos de conflito e violência.