O presidente Donald Trump tem incentivado a Coca-Cola a substituir o xarope de milho por açúcar de cana na versão do refrigerante vendida nos Estados Unidos. Atualmente, a Coca-Cola americana é adoçada com xarope de milho, enquanto em outros países, como México, Reino Unido, Austrália e Brasil, utiliza açúcar de cana.
Trump compartilhou em suas redes sociais que conversou com a empresa sobre a mudança e recebeu um sinal positivo da companhia. Embora a Coca-Cola não tenha confirmado oficialmente a alteração na fórmula, um porta-voz expressou agradecimento pelo “entusiasmo do presidente Trump” e adiantou que novidades sobre o portfólio da marca seriam divulgadas em breve.
A iniciativa faz parte de um movimento liderado pelo secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., que critica ingredientes como o xarope de milho, óleos de sementes e corantes artificiais, associados a riscos à saúde. Kennedy Jr. defende também a redução do consumo excessivo de açúcar pelos americanos e prepara atualizações nas diretrizes alimentares nacionais.
Por outro lado, a proposta enfrenta resistência dos agricultores e da indústria do milho dos EUA. John Bode, presidente da Associação de Refinadores de Milho, alertou que a substituição do xarope de milho pelo açúcar de cana poderia resultar em perda de milhares de empregos, redução da renda agrícola e aumento das importações de açúcar estrangeiro, sem benefícios nutricionais comprovados.
Trump, que é conhecido por consumir Diet Coke, refrigerante adoçado com aspartame, chegou a instalar um botão no Salão Oval para solicitar o refrigerante com frequência durante sua gestão.
A expectativa agora é para os desdobramentos dessa possível mudança na fórmula da Coca-Cola nos EUA e seus impactos econômicos e de saúde pública.