Um estudo da University College London, publicado na revista Nature Medicine, revelou que mesmo os ultraprocessados considerados “mais saudáveis” podem atrapalhar a perda de peso. A pesquisa comparou dietas compostas apenas por alimentos minimamente processados com cardápios baseados em ultraprocessados que seguiam diretrizes nutricionais.
Os resultados mostraram que quem consumiu alimentos in natura perdeu quase o dobro de peso em relação ao grupo que ingeriu ultraprocessados. Além disso, esses produtos apresentaram maior densidade energética, menor efeito de saciedade e estimularam maior ingestão calórica.
Nutricionistas destacam que, embora alguns ultraprocessados tenham menos açúcar, gorduras ou mais fibras e proteínas, ainda compartilham características prejudiciais: matriz alimentar alterada, uso de aditivos e baixa densidade nutricional em comparação a alimentos naturais.
Segundo os pesquisadores, fatores como textura que exige menos mastigação, sabor altamente palatável e praticidade favorecem o consumo excessivo. Já dietas ricas em alimentos minimamente processados aumentaram a saciedade, reduziram triglicérides e melhoraram o controle do apetite.
Especialistas alertam que a aparência de “saudável” pode levar ao consumo frequente desses produtos, dificultando o emagrecimento e impactando marcadores de saúde.