Diversas dúvidas sobre as possíveis causas do câncer — incluindo vacinas, agrotóxicos, adoçantes, 5G e estresse — foram esclarecidas por especialistas consultados pelo g1, com base em evidências científicas e dados oficiais.

???? Vacinas: Não há qualquer relação causal entre imunizantes e câncer. Pelo contrário, algumas vacinas, como a contra o HPV, previnem tipos específicos da doença. O aumento recente de tumores em adultos jovens começou anos antes da pandemia, e estudos internacionais não encontraram vínculo com vacinas.

☠️ Agrotóxicos: Exposições prolongadas podem aumentar o risco de certos tumores, especialmente entre trabalhadores rurais, mas não explicam sozinhos o crescimento dos casos. Alimentação, obesidade e sedentarismo têm impacto muito maior.

???? Aspartame: Classificado como “possivelmente cancerígeno” pela OMS, mas em limites de ingestão recomendados, é considerado seguro. Especialistas alertam para o consumo excessivo de açúcar, que tem relação comprovada com obesidade, fator de risco para câncer.

???? 5G, Wi-Fi e micro-ondas: Não há evidências de que essas tecnologias causem câncer. As ondas emitidas não têm energia suficiente para danificar o DNA.

???? Estresse: Não provoca mutações ou inicia tumores, mas pode influenciar a progressão de doenças já existentes, afetando imunidade e resposta ao tratamento.

???? Alimentação e estilo de vida: São os principais fatores de risco modificáveis. Dietas ricas em ultraprocessados, bebidas açucaradas e carnes processadas, associadas a sedentarismo e obesidade, estão fortemente ligadas ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer.

???? Principais causas comprovadas: Consumo de álcool, tabagismo, radiação solar sem proteção, poluição e exposições químicas crônicas. Segundo Stephen Stefani, oncologista, “temos coisas que realmente agridem o DNA ao longo da vida: álcool, cigarro, sol e poluição; o cigarro, por exemplo, é o maior vilão conhecido”.

???? Fontes incluem Painel Oncologia BR – DataSUS, Inca, OMS, A.C.Camargo Cancer Center, Oncoclínicas e estudos internacionais como Nature Medicine (2022).

O consenso entre especialistas é que hábitos de vida e exposições acumuladas são muito mais determinantes para o surgimento de tumores do que vacinas ou tecnologias do dia a dia.