A vida de Daniel Vorcaro, investigado pela Polícia Federal, é marcada por viagens internacionais, eventos extravagantes e uma frota particular de aeronaves. Nas redes sociais, sua namorada — empresária e influenciadora com mais de 600 mil seguidores — costuma compartilhar registros do casal em destinos como Capri e Puglia, na Itália, além de passagens pela Costa Rica, Miami, Alpes Franceses, Saint Barths, Trancoso (BA) e Rio de Janeiro.
Entre os símbolos de luxo mais evidentes está a coleção de jatos particulares. Vorcaro é proprietário de pelo menos três aeronaves, todas registradas em nome da Viking Participações LTDA, holding sediada em Belo Horizonte da qual ele é sócio. Um dos modelos é o Gulfstream GV, capaz de percorrer até 12 mil quilômetros sem escalas — trajeto suficiente, por exemplo, para ligar Los Angeles a Londres.
Outro avião é o Falcon 7X, com autonomia de cerca de 11 mil quilômetros, equivalente a aproximadamente 13 horas de voo. Segundo a TV Globo, seria essa aeronave que o empresário teria usado para viajar a partir do Aeroporto de Guarulhos, onde acabou preso, com destino a Malta, na Europa. A terceira aeronave da frota é um Falcon 2000, que comporta até 19 passageiros.
A rotina luxuosa do banqueiro inclui ainda festas milionárias, como um evento que reuniu atrações de renome internacional, entre elas Alok, Dennis DJ e a dupla The Chainsmokers, já listada entre as mais bem pagas do mundo. Aos moradores do condomínio onde a festa ocorreu, a família Vorcaro chegou a oferecer hospedagem em um hotel de luxo na Região Centro-Sul de Belo Horizonte — com diárias a partir de R$ 2.986 — caso o barulho causasse transtornos.
Enquanto isso, as investigações avançam. A Polícia Federal apura suspeitas de emissão e negociação de títulos de crédito falsos ligados ao Banco Master. De acordo com investigadores, Vorcaro esteve na sede do banco na tarde de segunda-feira e, após o anúncio da venda da instituição, seguiu de helicóptero para o aeroporto de Guarulhos. A PF afirma que ele pretendia fugir para Malta, no Mediterrâneo.
A defesa, no entanto, contesta a versão e afirma que o destino final da viagem seria Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde o empresário se encontraria com parte dos compradores do Banco Master.