A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte de Rozeli da Costa Sousa Nunes, de 33 anos, ocorrida em 11 de setembro de 2025, em Várzea Grande, e indiciou um policial militar e seu amigo pelo crime de homicídio qualificado, cometido por motivo fútil, de forma premeditada e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Segundo o relatório produzido pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o policial foi responsável pelos disparos que vitimaram Rozeli, enquanto seu comparsa atuou como coautor, conduzindo a motocicleta utilizada na ação criminosa. O indiciamento segue os artigos 121, §2º, incisos II e IV, e 29 do Código Penal. Caso a Justiça aceite a denúncia e confirme a condenação, ambos podem cumprir pena de 12 a 30 anos de reclusão.
O delegado Bruno Abreu, responsável pela investigação, destacou que a autoria e a materialidade do crime foram comprovadas por meio de confissões, objetos apreendidos, cruzamento de horários, dados técnicos e imagens obtidas. A motivação do homicídio, segundo a investigação, foi uma disputa judicial em que Rozeli cobrava aproximadamente R$ 25 mil do policial e de sua esposa por danos materiais e morais.
A investigação descartou qualquer participação da esposa do policial militar e dos pais dele, com base nas provas reunidas, que indicaram ausência de envolvimento ou ciência da ação criminosa.
O crime ocorreu logo após Rozeli sair de sua residência, quando foi surpreendida pelos dois indivíduos em uma motocicleta, que efetuaram os disparos e fugiram em seguida.