A Justiça do Rio de Janeiro condenou a 20 anos de prisão uma mulher envolvida na morte do economista colombiano Manuel Felipe Martínez Mantilla, de 33 anos. A decisão foi proferida pela juíza Camila Rocha Guerin, da 36ª Vara Criminal da Capital, que destacou em sua sentença que “o lastro probatório produzido é robusto e cristalino em demonstrar o evento delitivo praticado pela acusada”.
Segundo as investigações, Manuel, que estava de férias no Brasil, havia saído sozinho para a Pedra do Sal, no Centro do Rio, e depois seguiu para um bar no Parque União, no Complexo da Maré. Ele teria sido abordado por uma quadrilha durante a madrugada.
Um motorista de aplicativo relatou à polícia que duas mulheres solicitaram uma corrida para um endereço específico, mas percebeu que o passageiro não estava bem. Ao notar seu estado, decidiu levá-lo ao Hospital Federal de Bonsucesso, na Zona Norte. Apesar do atendimento médico, Manuel não resistiu.
De acordo com o laudo da perícia, a vítima sofreu edema pulmonar após ingerir bebidas misturadas a substâncias tóxicas, entre elas clonazepam, MDMA e ecstasy. Durante o período em que esteve sob controle da quadrilha — e até mesmo depois de sua morte — foram registradas diversas compras com seu cartão de crédito.
A morte do economista repercutiu tanto na Colômbia quanto no meio acadêmico brasileiro. Manuel era assessor de macroeconomia do Ministério da Fazenda colombiano, mestre em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp e professor na Universidade Nacional da Colômbia. No Brasil, aproveitava as férias para concluir sua tese de doutorado na Unicamp.