O Estado de Mato Grosso possui 585 cavernas registradas, sendo 106 localizadas em assentamentos rurais, segundo o anuário estatístico do patrimônio da espeleologia brasileira, divulgado recentemente pelo Ministério do Meio Ambiente e outras instituições. O levantamento inclui mais de 26 mil cavidades naturais subterrâneas no Brasil e destaca o papel fundamental das cavernas no ecossistema.

Com 46,10% de suas cavernas no bioma Cerrado, 3,4% na Amazônia e apenas 1% no Pantanal, as cavernas mato-grossenses desempenham funções essenciais, como o armazenamento de água, a proteção de minerais raros e servem de habitat para espécies, muitas delas endêmicas. As cavernas também são consideradas um laboratório natural que pode fornecer informações valiosas sobre os impactos das mudanças climáticas e contribuir para o desenvolvimento de estratégias para mitigá-los.

Mato Grosso ocupa a 8ª posição no ranking dos estados com maior número de cavernas, ficando atrás de Minas Gerais, Pará e Bahia, que lideram com números significativos. A ciência da espeleologia continua a estudar essas formações naturais, cujas informações são correlacionadas com bacias hidrográficas, biomas, geologia e outros aspectos ambientais essenciais.

Além de suas funções ecológicas, as cavernas mato-grossenses estão intimamente ligadas à preservação ambiental, com grande relevância para o estudo dos impactos ambientais e conservação dos recursos naturais.