O advogado André Luís Vedovato Amato foi morto a facadas na tarde de quarta-feira (10) em um flat localizado na Rua Major Diogo, bairro Bela Vista, região central de São Paulo. O suspeito, identificado como Cleverson Willians Souza Lima, de 29 anos, foi preso em flagrante e indiciado por homicídio.
De acordo com o depoimento de uma maquiadora de 31 anos, amiga próxima da vítima e que já havia tido um relacionamento de quatro meses com ele, o crime ocorreu após uma noite de consumo de álcool e drogas no apartamento. Na manhã seguinte, Cleverson teria a assediado sexualmente, passando a mão em seu corpo. Incomodada, ela pediu que parasse.
Nesse momento, André saiu do banheiro, onde se preparava para o trabalho, e pegou um cabo de vassoura para defender a amiga. A discussão evoluiu para uma briga no corredor, enquanto a maquiadora se trancava no quarto e pedia ajuda aos vizinhos. Pouco depois, o advogado foi encontrado morto no apartamento com diversos ferimentos de faca.
Testemunhas relataram que Cleverson tentou fugir, descendo até a garagem apenas de cueca e abordando uma moradora em busca de carona. A mulher registrou em vídeo o momento em que ele gritava frases desconexas. O suspeito foi detido pela Polícia Militar no terceiro andar do prédio, em aparente estado de surto, segundo os policiais.
A arma utilizada no crime, uma faca, foi apreendida. A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva do suspeito, que já possuía antecedentes por violência doméstica, ameaça e lesão corporal. O caso foi encaminhado ao 5º Distrito Policial (Aclimação), responsável pelas investigações.
Natural de Vinhedo (SP), André Amato era doutorando em relações internacionais, professor, pesquisador, mestre em direito e especialista em direito internacional. Em redes sociais, colegas e professores lamentaram sua morte. O professor Rubens Becak, seu orientador acadêmico, destacou a trajetória marcada pela sensibilidade e compromisso.