O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, subiu o tom contra o Irã nesta sexta-feira (13) e exigiu que o regime de Teerã firme imediatamente um acordo nuclear, após os ataques aéreos de Israel que mataram altos líderes militares iranianos.
Pelas redes sociais, Trump afirmou que o Irã “precisa fazer um acordo antes que não sobre mais nada” e declarou que já havia dado ao país 60 dias de prazo, que se encerraram hoje. Segundo ele, “alguns linha-duras iranianos falaram com bravura, mas agora estão todos mortos”.
Trump alertou que novos ataques “mais brutais” já estão planejados, mas ainda há tempo para “pôr fim ao massacre”. Ele destacou o poder bélico dos EUA e o arsenal israelense, dizendo que ambos sabem usá-lo “como ninguém”.
O Irã, por sua vez, sustenta que seu programa nuclear é exclusivamente pacífico e critica duramente as ameaças americanas. Um sexto encontro direto entre delegações de ambos os países, que estava marcado para domingo (15), agora é incerto diante da escalada militar.
A declaração ocorre no mesmo dia em que o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou novos bombardeios contra a usina nuclear de Natanz e alvos militares iranianos, afirmando que o país agirá “por quantos dias forem necessários”.
Autoridades de Israel e dos EUA alegam que o Irã está próximo de obter capacidade para produzir ogivas nucleares, o que ampliou a pressão internacional. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) já havia censurado o Irã por violar acordos de não proliferação.
A tensão entre os países pode afetar toda a região do Oriente Médio e frear as tentativas de retomada do acordo nuclear de 2015, abandonado por Trump durante seu primeiro mandato.