Foto: Reprodução/TV Globo
Monday, 06 de October de 2025 - 10:56:52
Após quase ficar tetraplégico, Estêvão Ciavatta, marido de Regina Casé, realiza sonho de escalar a Pedra da Gávea
SUPERAÇÃO E RECOMEÇO

O cineasta Estêvão Ciavatta, marido da atriz Regina Casé, voltou a escalar a Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro, 17 anos após o acidente que quase o deixou tetraplégico. O feito marcou o encerramento de uma longa jornada de recuperação física e emocional, acompanhada de perto pela família.

O acidente ocorreu quando o cavalo que ele montava deu pinotes, arremessando-o violentamente ao chão. O impacto na nuca o deixou imóvel, com diagnóstico inicial de tetraplegia, semelhante ao do ator Christopher Reeve. Com a chegada rápida do neurocirurgião Paulo Niemeyer, uma cirurgia emergencial conseguiu aliviar a pressão sobre a medula espinhal e evitar sequelas mais graves.

Durante meses, Estêvão precisou de ajuda até para se alimentar, recuperando lentamente os movimentos com uma rotina de cinco horas diárias de fisioterapia. Sua esposa, Regina, transformou a desesperança em motivação, recusando-se a aceitar os prognósticos médicos pessimistas. O nascimento do filho do casal, Roque Casé Ciavatta, tornou-se o maior estímulo para a reabilitação: “Eu tinha que poder segurar ele no colo, mesmo que minha mão não funcionasse direito”, relembrou o cineasta.

A escalada da Pedra da Gávea, que ele já havia subido mais de 40 vezes antes do acidente, foi o símbolo máximo dessa vitória. A jornada, feita no ritmo que ele chama de “passo da cobra”, foi marcada pela fé, disciplina e determinação. “Se eu quisesse subir há cinco anos, eu ia me ferrar”, brincou Estêvão, refletindo sobre a importância da paciência no processo de cura.

Regina acompanhou a subida de um ponto vizinho, a Pedra Bonita, emocionada e apreensiva. O filho Roque, hoje adolescente, abriu mão das aulas para acompanhar o pai na montanha. Ao chegar ao topo, Estêvão agradeceu à família e aos amigos que o apoiaram na recuperação: “Sofria por não abrir a mão direito, por não andar como todo mundo. Depois percebi que minha força estava na minha diferença.”

A história de superação do cineasta, exibida no Fantástico, mostra que a melhor vista não está apenas no topo da montanha, mas na jornada que transforma corpo e espírito.

Texto/Fonte: G1