A chocante incursão do Hamas em Israel foi de uma escala e sofisticação que antes eram consideradas impensáveis.
O nível de planejamento que teria sido necessário para um ataque desses levou a perguntas sobre se o Hamas poderia ter feito isso sozinho – e, caso tenha tido ajuda, se isso poderia ter vindo de seu antigo aliado na região, o Irã.
Teerã, que elogiou a operação, negou envolvimento. A missão do Irã nas Nações Unidas emitiu um comunicado chamando o ataque de “fortemente autônomo e inabalavelmente alinhado com os interesses legítimos do povo palestino”.
O vice-conselheiro de segurança nacional, Jon Finer, reiterou na segunda-feira (9) que os Estados Unidos acreditam que o Irã é “amplamente cúmplice” nos ataques do Hamas em Israel, mas disse que os EUA não têm “informações diretas” que vinculem esses ataques ao Irã neste momento.
“O que podemos ser bastante claros é que o Irã é amplamente cúmplice nesses ataques por apoiar o Hamas há décadas”, disse Finer, apontando para armas, treinamento e outro apoio financeiro.
Ele continuou: “O que não temos são informações diretas que mostrem o envolvimento iraniano na ordenação ou planejamento dos ataques que ocorreram nos últimos dias. É algo que vamos continuar examinando de perto.”