A companhia aérea Azul anunciou nesta quarta-feira (28) que entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, por meio do chamado Chapter 11, com o objetivo de reestruturar sua dívida e reforçar o caixa. Segundo a empresa, o processo permite que continue operando normalmente enquanto negocia ajustes financeiros.
A Azul informou que o plano inclui financiamento de US$ 1,6 bilhão, a eliminação de mais de US$ 2 bilhões em dívidas (cerca de R$ 11,28 bilhões) e novos aportes de capital de US$ 950 milhões no momento da saída do processo.
A companhia destacou que manterá seus voos e reservas normalmente e que a medida conta com apoio de seus principais credores e parceiros, como a AerCap (maior arrendadora), United Airlines e American Airlines.
De acordo com o CEO John Rodgerson, os desafios enfrentados pela Azul têm origem na pandemia, nas dificuldades macroeconômicas e nos problemas da cadeia de suprimentos da aviação.
Apesar de já esperada pelo mercado, a recuperação judicial provocou forte reação negativa: as ações da Azul chegaram a cair 40% antes da abertura do mercado em Nova York. A reportagem segue em atualização.