O consumo de destilados despencou em bares de São Paulo após os casos de intoxicação por metanol em bebidas adulteradas. Estabelecimentos nas regiões da Berrini, Itaim Bibi e Pinheiros relataram mesas vazias, cancelamentos de eventos e mudança nas preferências dos clientes, que passaram a optar por cerveja e chope.
No Amarelinho das Batidas, no Itaim, o movimento caiu pela metade, segundo funcionários, em nível pior que durante a pandemia. Eventos foram cancelados e o consumo de caipirinhas e drinques quase zerou. “Caipirinha não dá mais para beber, tem que estar sempre alerta”, resumiu um cliente.
Outros bares, como Carambolas e Boteco São Bento, relataram queda nas vendas de destilados e passaram a reforçar a checagem da procedência das bebidas. Já casas como o Tatu Bola suspenderam totalmente a venda de destilados, apostando apenas em cerveja.
Nos bares de Pinheiros, a cautela também prevalece. O Piticos, por exemplo, interrompeu a venda de destilados e serve apenas vinhos e cervejas. Clientes, antes adeptos de drinques, agora preferem bebidas consideradas mais seguras.
???? A mudança de hábito reflete a insegurança gerada pelas intoxicações, que levaram o Ministério da Saúde a instalar uma sala de situação nacional e a Anvisa a buscar no exterior o antídoto fomepizol, usado no tratamento contra o metanol.