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Quinta, 08 de dezembro de 2022 - 08:41:45
Bloqueio de verbas da União afeta pagamento de bolsas e auxílios de alunos da UFMT
CAOS NA EDUCAÇÃO
Mais de 1.900 estudantes da Universidade Federal Mato Grosso (UFMT) serão afetados pelo novo bloqueio de recursos do Ministério da Educação (MEC).

Mais de 1.900 estudantes da Universidade Federal Mato Grosso (UFMT) serão afetados pelo novo bloqueio de recursos do Ministério da Educação (MEC). De acordo com o reitor da unidade, professor Evandro Soares da Silva, a UFMT tem apenas R$ 10 mil em caixa para o pagamento das despesas, incluindo as bolsas e auxilios oferecidas à estudantes em vulnerabilidade socioeconômica.

Nesta terça-feira (6), o reitorado da instituição se reuniu com representantes dos servidores docentes, técnicos-administrativos e estudantes para discutir a situação financeira da universidade, que vem sofrendo com os cortes de recursos por parte da União desde o último dia 1º de dezembro.

“O quadro é preocupante e exige medidas duras, pois não se trata somente de um problema interno orçamentário. Com os últimos bloqueios, a UFMT está com um déficit financeiro para pagamento das despesas liquidadas, a curto prazo, na ordem de R$ 5,2 milhões”, citou.

Mais cedo, o Ministério da Educação (MEC) afirmou que não conseguirá pagar as bolsas dos cerca de 14 mil médicos residentes que trabalham em hospitais universitários federais do país.

Segundo a pasta, o contingenciamento se deu para que o governo pudesse pagar R$ 2,3 bilhões a mais da Previdência Social
Ao GD, a unidade informou que ainda está fazendo o levantamento sobre o impacto em Mato Grosso. Contudo, pontuou que além dos alunos, a falta de verba também afeta nos pagamentos de serviços essenciais para o funcionamento da universidade.

Somente para o pagamento de cerca de 1.900 bolsas e auxílios a estudantes dos Câmpus de Cuiabá, Várzea, Grande, Sinop e Araguaia (unidades de Barra do Garças e Pontal do Araguaia) é necessário o montante de um milhão de reais.

Os contratos que podem ficar sem pagamento são da ordem de aproximadamente R$ 3,2 milhões. “As despesas de energia elétrica, água, limpeza, segurança e demais serviços básicos que ficam sem recursos para pagamento”, finalizou.

Texto/Fonte: Allan Mesquita/Gazeta Digital (GD)