Nesta terça-feira (24), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou uma reunião técnica com a Administração Geral de Alfândega da China (GACC). O encontro, liderado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, contou com a presença do secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, e do vice-ministro chinês, Zhao Zenglian.
A reunião teve como objetivo discutir a ampliação do comércio agropecuário entre Brasil e China, com ênfase na revisão e atualização de protocolos sanitários e fitossanitários. A delegação brasileira manifestou interesse na abertura do mercado chinês para a exportação de miúdos de bovinos e carne bovina com osso, além de avançar nas negociações sobre a exportação de carne de aves.
Outro ponto importante foi a revisão do protocolo de exportação de carne bovina, com a intenção de eliminar a suspensão automática das exportações em casos de ocorrência atípica de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). O reconhecimento do status sanitário brasileiro em relação à febre aftosa também foi destacado, o que é crucial para as exportações de carne suína e bovina.
Durante o encontro, foram discutidos planos para a assinatura de protocolos de exportação de uvas frescas, gergelim, sorgo, farinha e óleo de pescados na próxima reunião do G20, que ocorrerá no Rio de Janeiro. O Brasil também expressou interesse em habilitar novos estabelecimentos para a exportação de carnes e avançar nas discussões sobre certificação eletrônica para produtos cárneos.
A reunião contou com a participação de diretores e servidores de diversas secretarias do Mapa, que destacaram a importância das tratativas para facilitar o acesso dos produtos brasileiros ao mercado chinês. A China é o principal parceiro comercial do Brasil no setor agrícola, representando 33,91% das exportações do país. Nos primeiros oito meses de 2023, o Brasil exportou cerca de US$ 38 bilhões em produtos agrícolas para a China, sendo 68% desse total provenientes do complexo da soja.
O secretário Perosa enfatizou que as relações comerciais entre Brasil e China têm se fortalecido continuamente, ressaltando a importância dessa parceria estratégica para o crescimento do comércio agropecuário.