O Brasil se mantém como o principal exportador de carne de frango no mundo, mesmo após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no país, registrado em Montenegro, no Rio Grande do Sul — terceiro maior estado produtor e exportador da proteína.
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2024, o Rio Grande do Sul abateu 628 milhões de aves e exportou 691,7 mil toneladas. O estado fica atrás apenas do Paraná (2,146 bilhões de aves abatidas e 2,17 milhões de toneladas exportadas) e Santa Catarina (762 milhões de aves e 1,16 milhão de toneladas exportadas).
As exportações brasileiras aumentam desde 2018, quando somavam 4,1 milhões de toneladas. Em 2024, o país exportou 5,29 milhões de toneladas, seguido pelos Estados Unidos (3,05 milhões) e pela União Europeia (1,78 milhão). O Brasil vende carne de frango a 151 países, com destaque para China (562 mil toneladas), Emirados Árabes (455 mil) e Japão (443 mil).
Na produção global, o Brasil ocupa o 3º lugar, com 14,9 milhões de toneladas produzidas em 2024. Apesar disso, 64,6% da produção nacional é consumida internamente — cada brasileiro come, em média, 45 kg de frango por ano.
O foco da gripe aviária é o primeiro do tipo em uma granja comercial no país. Casos anteriores ocorreram apenas em aves silvestres ou de subsistência. O vírus H5N1 circula mundialmente desde 2006. Segundo o Ministério da Agricultura, o risco de contaminação humana é baixo, e o consumo de carne de frango e ovos segue seguro. As autoridades já notificaram os organismos internacionais e acionaram o plano nacional de contingência.