Foto: Reprodução/G1
Wednesday, 11 de June de 2025 - 14:41:24
Brasil registra recorde de feminicídios e estupros, mas vê queda em homicídios e roubos, segundo dados do governo
FEMINICÍDIO E ESTUPRO CRESCEM EM 2024

O Brasil registrou aumento nos casos de feminicídio e estupro em 2024, segundo dados divulgados pelo Ministério da Justiça. O número de feminicídios chegou a 1.459 — o maior da série histórica —, o que representa uma média de quatro mulheres assassinadas por dia. A taxa nacional foi de 1,34 feminicídios por 100 mil mulheres, mas o Centro-Oeste apresentou o maior índice, com 1,87.

Também houve recorde no número de estupros: 83.114 casos ao longo do ano, o maior dos últimos cinco anos. Isso equivale a 227 vítimas por dia, sendo 86% mulheres. As maiores taxas por 100 mil habitantes foram registradas em Rondônia (87,73), Roraima (84,68) e Amapá (81,96).

Redução nos homicídios e crimes patrimoniais

Apesar da alta no feminicídio, o país teve queda de 5,5% nos homicídios em geral. O total de mortes violentas — somando homicídios dolosos, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte — passou de 40.768 em 2023 para 38.509 em 2024. A redução foi puxada por:

  • Homicídios dolosos: queda de 6,3%

  • Latrocínios: queda de 1,6%

  • Mortes por intervenção policial: queda de 4% (6.134 casos em 2024)

Já as lesões corporais seguidas de morte subiram 22,9%.

Os crimes patrimoniais também recuaram:

  • Roubo de carga: -13,6%

  • Furto de veículo: -2,6%

  • Roubo de veículo: -6%

  • Roubo a instituições financeiras: -22,5%

Drogas apreendidas batem recorde, armas caem

As apreensões de drogas aumentaram em 2024. Foram apreendidas 1,4 mil toneladas de maconha (+10%) e 137 toneladas de cocaína (+5,5%), maior volume em cinco anos. Os números podem ser ainda maiores, já que Minas Gerais e Rio de Janeiro não reportaram seus dados.

A apreensão de armas de fogo caiu 2,6%, mas o número de fuzis apreendidos cresceu 43%, passando de 1.365 em 2023 para 1.957 em 2024 — o maior crescimento percentual entre os armamentos.

Texto/Fonte: G1