Fundada em 1719, Cuiabá completa 305 anos nesta segunda-feira (8). A cidade é conhecida pelas altas temperaturas e obtém o atual recorde de temperatura máxima absoluta das capitais no país, com 44,2°C. Desde a década de 40, a temperatura máxima da cidade subiu 3 ºC, conforme registros feitos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e avaliados pelo climatologista e doutor em meteorologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Rodrigo Marques.

Cuiabá, a capital do calor, celebra hoje seus 305 anos de existência sob um clima escaldante, mas os termômetros não são os únicos a testemunhar o aumento gradativo das temperaturas. Um levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em conjunto com análises do climatologista e doutor em meteorologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Rodrigo Marques, revelou uma preocupante ascensão térmica ao longo dos últimos 80 anos.

Desde os idos da década de 40, Cuiabá viu sua temperatura máxima subir vertiginosamente, alcançando um aumento de 3ºC. Uma elevação que não apenas entra para os anais meteorológicos, mas também serve como um alerta para os impactos do aquecimento global em áreas específicas, como é o caso desta capital.

Segundo Marques, essa escalada nas temperaturas pode ser atribuída a uma complexa interação de fatores, incluindo o aquecimento global, a localização geográfica privilegiada e a crescente falta de vegetação que caracteriza a paisagem urbana. Um coquetel preocupante que tem deixado os moradores e especialistas em alerta, à medida que os dias escaldantes se tornam mais frequentes e intensos.

Não é apenas uma questão de termômetros elevados; o calor extremo pode desencadear uma série de consequências negativas para a saúde humana, ecossistemas locais e até mesmo para a economia da região. Diante desse panorama, torna-se urgente adotar medidas de mitigação e adaptação para lidar com as consequências desse clima implacável.

Enquanto Cuiabá celebra seus 305 anos de história, é impossível ignorar o desafio crescente representado pelo calor extremo. É um chamado à ação coletiva, à conscientização e à busca por soluções que possam preservar não apenas o conforto dos cidadãos, mas também a própria sustentabilidade desse ícone do calor brasileiro.