A atleta Alexis William contraiu uma grave infecção após nadar na piscina de um hotel. Diagnosticada com MRSA, um estafilococo áureo resistente a antibióticos, ela relatou que perdeu a capacidade de andar sozinha e hoje depende da ajuda da mãe para se locomover. A família acusa o estabelecimento de falhas na desinfecção do local.
O MRSA está entre as superbactérias mais perigosas, podendo corroer tecidos, levar a amputações e até provocar a morte. A Organização das Nações Unidas alerta que, se não houver medicamentos eficazes, as infecções por bactérias resistentes podem causar até 10 milhões de mortes anuais até 2050, superando o câncer em impacto global.
Enquanto isso, cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Boston, buscam alternativas promissoras. O grupo coleta amostras de superbactérias de hospitais e animais e utiliza inteligência artificial para acelerar a busca por novos antibióticos. A tecnologia permite analisar milhões de moléculas em poucos dias, reduzindo drasticamente o tempo que antes podia chegar a dois anos para o desenvolvimento de um composto.
Com a ajuda dos algoritmos, os pesquisadores já projetaram mais de 36 milhões de moléculas, algumas delas com potencial para combater infecções graves, como gonorreia resistente e o próprio estafilococo áureo que atingiu Alexis. Para especialistas, a IA pode inaugurar uma “nova era de ouro” na descoberta de antibióticos, cem anos após a penicilina.