O Brasil exportou 366 mil toneladas de carne bovina em julho, um avanço de 27,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). Em valores, o aumento foi ainda maior: alta de 48% na receita total.
Entre janeiro e julho, os Estados Unidos importaram 484 mil toneladas do produto brasileiro, crescimento de 86% frente ao mesmo período de 2024. No entanto, as vendas começaram a cair em abril, após o presidente Donald Trump impor uma tarifa de 10% sobre produtos brasileiros. Naquele mês, as exportações atingiram US$ 306 milhões, mas recuaram para US$ 183 milhões em julho. O novo tarifaço de 50%, válido desde 6 de agosto, ainda não impactou os dados.
A China manteve a liderança como principal cliente, responsável por 44,5% das vendas externas no período e com aumento de 14% nas compras, somando US$ 4,082 bilhões. O Chile continuou em terceiro lugar, registrando alta de 20% nas importações até julho.
O destaque foi o México, que saltou para a quarta posição, elevando as compras de 22 mil toneladas em 2024 para 67 mil toneladas em 2025, avanço de 196%. Segundo a Abrafrigo, até 2023 o país não figurava entre os 20 maiores clientes, mas passou a ganhar relevância com a abertura do mercado naquele ano.
De janeiro a julho, o Brasil enviou ao exterior 2 milhões de toneladas de carne bovina, alta de 19% no comparativo anual. No período, 124 países aumentaram as compras, enquanto 48 reduziram a demanda.