A China anunciou nesta sexta-feira (7) o fim da proibição das importações de frango brasileiro, encerrando um embargo que durou seis meses. A paralisação havia sido imposta em maio, após a detecção de um caso isolado de gripe aviária em uma granja no Rio Grande do Sul. O governo brasileiro se declarou livre da doença no mês seguinte.
De acordo com a Administração Geral de Alfândegas da China, a decisão de reabrir o mercado foi tomada “com base nos resultados da análise de risco” e entrou em vigor imediatamente. A medida foi celebrada por autoridades brasileiras e pelo setor agropecuário, já que o país asiático é o maior comprador de carne de frango do Brasil.
Com a retomada, a China se junta a outros importantes parceiros comerciais — como Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e União Europeia — que já haviam normalizado as compras. No momento, apenas o Canadá mantém a suspensão total das importações.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) destacou que a reabertura reflete a “competência técnica” e a “diplomacia sanitária” do país. Segundo o presidente da entidade, Ricardo Santin, houve um intenso trabalho de negociação, que incluiu a revisão de certificados sanitários para prevenir novas paralisações em eventuais ocorrências futuras.
O Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, vende o produto para 151 países e deve ampliar novamente sua participação no mercado asiático com o fim do embargo chinês.