Apesar das retaliações iranianas, Israel tem demonstrado ampla vantagem militar no atual confronto. Em apenas três dias, o país conseguiu realizar ataques que driblaram o sistema de defesa do Irã, eliminaram autoridades estratégicas e atingiram instalações nucleares sensíveis. Entre os alvos, estão a principal usina de enriquecimento de urânio em Natanz e bairros da capital Teerã.
Segundo analistas, a capacidade israelense decorre de ações prévias, como a ofensiva de outubro de 2024, que destruiu baterias antiaéreas iranianas, incluindo sistemas S-300. Esse enfraquecimento abriu caminho para ações de maior profundidade no território iraniano. “Hoje, os céus iranianos são de Israel”, resumiu Leonardo Trevisan, especialista da ESPM.
Além da superioridade tecnológica e estratégica, o Irã enfrenta limitações sérias: seu orçamento militar é três vezes menor que o de Israel, sua aviação está defasada, e sanções dificultam o acesso a armamentos modernos. Embora produza drones, o país tem dificuldade em manter uma força convencional eficaz.
A fragilidade dos aliados iranianos também pesa. Grupos como o Hezbollah estão debilitados após perdas em confrontos com Israel. A queda do regime sírio de Bashar al-Assad também comprometeu rotas de apoio logístico. Já a Rússia, seu principal parceiro estratégico, tem foco na guerra da Ucrânia e oferece apenas suporte limitado.
Com isso, especialistas apontam que o Irã encontra-se cada vez mais isolado e vulnerável frente ao poderio militar e à inteligência de Israel.