O corpo da cantora Preta Gil chegou ao Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira (24), vindo de Nova York. A primeira parada foi no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, de onde a aeronave partiu às 8h35 rumo ao Aeroporto Santos Dumont. A família acompanhou todo o translado.
Por volta das 10h, o corpo foi levado ao laboratório do Cemitério e Crematório da Penitência, localizado na Zona Portuária da capital fluminense. A cerimônia de despedida está marcada para esta sexta-feira (25), no Theatro Municipal do Rio, com velório aberto ao público das 9h às 13h. Um cortejo também está previsto e passará pelo circuito de megablocos que leva o nome da artista.
Preta Gil, filha do cantor Gilberto Gil com Sandra Gadelha, iniciou sua trajetória profissional como publicitária e produtora, mas decidiu seguir carreira artística aos 29 anos. Em 2003, lançou o primeiro álbum, Prêt-à-Porter, que incluiu o sucesso “Sinais de Fogo”, composto por Ana Carolina especialmente para ela. O disco também causou polêmica pela capa, que mostrava a cantora nua.
Dois anos depois, em 2005, lançou o segundo álbum, Preta, com faixas como “Muito Perigoso” e “Eu e você, você e eu”. Já em 2010, surgiu o terceiro trabalho, Noite Preta, que se transformou em uma turnê de sete anos pelo país.
Com o êxito da turnê, Preta criou o espetáculo “Baile da Preta”, uma festa com repertório variado que refletia seu gosto musical eclético. “O Baile da Preta retrata a minha personalidade musical, meu ecletismo, meu gosto e meu respeito pela MPB, que para mim, abrange desde Caetano Veloso e Gilberto Gil até Aviões do Forró e Psirico”, escreveu a artista em seu site oficial.
No mesmo ano, Preta também estreou como apresentadora no programa “Vai e vem”, transmitido na televisão. Ambientado em um elevador, o talk show abordava temas relacionados ao sexo de forma bem-humorada e respeitosa. “Queria que fosse um programa sem vulgaridade, com inteligência, com humor”, disse ela em entrevista a Jô Soares.
A cantora também deixou sua marca no carnaval carioca com a criação do “Bloco da Preta”, que desfilou pela primeira vez em 2010. Sete anos depois, em 2017, o bloco chegou a reunir mais de 500 mil foliões no Centro do Rio, em um desfile que homenageou o apresentador Chacrinha.
A despedida da artista deve mobilizar fãs, amigos e admiradores, em uma homenagem à sua trajetória e legado na música, na televisão e no carnaval brasileiro.