Ao chegar ao Tribunal de Apelações de Roma, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) alegou passar mal, o que levou ao adiamento da audiência marcada para avaliar se ela poderia aguardar em liberdade o processo de extradição ao Brasil. Uma perícia médica foi determinada, e a sessão foi remarcada para 27 de agosto, mantendo Zambelli presa.
A defesa apresentou novo pedido de soltura alegando questões de saúde e a ausência de pedido de prisão preventiva pelo governo brasileiro. Entretanto, a Corte Suprema da Itália já esclareceu que pedidos de prisão via alerta vermelho da Interpol, como no caso da parlamentar, têm equivalência internacional, conforme o Tratado de Extradição Itália-Brasil.
Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão por invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e deixou o país dias após a condenação, informando estar na Itália.
Mesmo foragida, a deputada permanece ativa nas redes sociais por meio de um perfil alternativo no Instagram e também publica textos no Substack. Recentemente, criticou o ministro Alexandre de Moraes e o governo federal, e elogiou líderes do PL e da Câmara dos Deputados. Nas publicações, Zambelli classifica sua situação como “exílio” e compartilha vídeos com sua mãe, reforçando seu discurso político e mantendo contato com sua base.