O deputado federal Nelson Barbudo (PL) afirmou, na noite de ontem (14), em Sinop, que houve avanço no projeto de lei que propõe anistia aos condenados pelos ataques aos prédios do Supremo Tribunal Federal, Palácio do Planalto e Congresso Nacional, ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Na ocasião, os manifestantes causaram depredações e grandes prejuízos ao patrimônio público. Cerca de 90 envolvidos são moradores de Mato Grosso e alguns já foram condenados a mais de 15 anos de prisão pelo STF.
Segundo Barbudo, a aprovação do regime de urgência para o projeto, que ocorreu ontem, permite que a proposta vá direto ao plenário, sem precisar passar pelas comissões, podendo ser votada em até 45 dias. Ele declarou que a próxima etapa será pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar o texto. “Ele não tem como fugir. Nosso grupo vai até lá e vamos obstruir as votações até que ele coloque o projeto na pauta. Ele tem que colocar”, afirmou ao Só Notícias.
O deputado defendeu que os investigados de Mato Grosso não cometeram crimes graves. “Vamos dar nosso voto para salvar nossos irmãos do que consideramos uma injustiça, inclusive aqui na cidade”, completou.
O pedido de urgência foi protocolado pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e contou com 262 assinaturas — mais do que as 257 necessárias. Entre os deputados de Mato Grosso, Emanuel Pinheiro Neto (MDB), que apoia o presidente Lula (PT), não assinou o requerimento.
Os ataques de 8 de janeiro foram promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, inconformados com o resultado das eleições de 2022, que deram a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva.