Um racha político entre o governador Carlos Brandão (PSB) e o deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade), acabaram envolvendo suspeitas sobre os assessores do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal.
Em petição enviada ao ministro Alexandre de Moraes, o procurador-geral do estado do Maranhão, pediu uma investigação sobre os dois assessores diretos do ministro Dino, por possivel "atuação criminosa".
Alegam que os assessores repassaram documentos a um escritório de advocacia ligado ao partido Solidariedade. Leganda que integrava o antigo grupo político do ministro Flávio Dino, a legenda é presidida no estado pela irmã do deputado estadual Othelino Neto, desafto do Governador Brandão, o deputado também é marido da senadora Ana Paula Lobato, senadora que assumiu a cadeira do ministro Flávio Dino.
Segundo a denúncia, os documentos fornecidos teriam sido utilizados em uma ação que pede o afastamento do cargo, sob a alegação de que ele não cumpriu decisões da Suprema Corte.
O procurador alega que os assessores de Dino, acessaram o sistema eletrônico de informações 130 vezes em fevereiro para visualizar documentos internos da PGR estadual, movimentação esta detectada pelo setor de tecnologia da informação do estado do Maranhão.
Os assessores alegam que somente acessaram processos públicos, e que isto não é irregular, contudo o procurador-geral alega que o sistema revelou acessos a informações sensíveis e sigilosas, não disponíveis para consulta pública, e que também foram extraídos documentos, o que revelaria violação grave as normas de segurança da informação.