A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,6% no trimestre encerrado em abril, segundo dados da Pnad Contínua divulgados pelo IBGE. O índice representa estabilidade frente ao trimestre anterior (encerrado em janeiro) e uma queda de 11,5% em relação ao mesmo período de 2024.
Atualmente, 7,3 milhões de brasileiros estão desocupados, número inferior ao registrado há um ano (8,2 milhões). Já a população ocupada chegou a 103,3 milhões de pessoas, aumento de 2,4% na comparação anual.
Outro dado positivo é o patamar recorde de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que chegou a 39,6 milhões, impulsionado pelo avanço das contratações formais e pela redução da subutilização da força de trabalho.
Segundo o analista do IBGE William Kratochwill, os dados refletem uma boa absorção dos empregos temporários gerados no fim de 2024 e um movimento de valorização da mão de obra qualificada, que pressiona por melhores condições de trabalho.
Outros destaques da pesquisa:
Taxa de informalidade: 37,9% (queda em relação aos 38,3% do trimestre anterior)
População fora da força de trabalho: 66,8 milhões
Desalentados: 3 milhões
Trabalhadores sem carteira assinada: 13,7 milhões
Trabalhadores por conta própria: 26 milhões
Informais: 39,2 milhões
O rendimento médio real habitual do trabalhador foi estimado em R$ 3.426, estável em relação ao trimestre anterior, mas com alta de 3,2% na comparação anual. Já a massa de rendimentos bateu recorde: R$ 349,4 bilhões, alta de 5,9% em um ano.
Com o mercado formal em expansão e a informalidade recuando, os dados reforçam um cenário de recuperação gradual e consistente do mercado de trabalho no país.