Os Estados Unidos deslocaram três destróieres da Marinha para o sul do Caribe em uma operação voltada ao combate ao narcotráfico, anunciou Washington nesta semana. A movimentação envolve os navios USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson, todos da classe Arleigh Burke, equipados com o sistema de combate Aegis. Mais de 4 mil militares norte-americanos devem ser posicionados na região.

Segundo a agência Reuters, a manobra teve início na segunda-feira (18) e deve durar cerca de 36 horas. A localização exata dos destróieres não foi divulgada. A missão é apresentada como parte da ofensiva contra organizações criminosas da América do Sul classificadas pelos EUA como terroristas.

Os navios, projetados nos anos 1990, têm capacidade para lançar mísseis Tomahawk de longo alcance, além de executar ataques contra aeronaves, submarinos e alvos terrestres. Eles também contam com sistemas de proteção contra armas químicas, biológicas e nucleares, além de hangares para helicópteros MH-60 Seahawk e drones, ampliando o alcance das missões.

A operação ocorre em meio à pressão de Washington contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro, acusado pelos EUA de narcoterrorismo desde 2020, ainda no governo Donald Trump. Na semana passada, o Departamento de Justiça elevou para até US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) a recompensa por informações que levem à prisão ou condenação do líder venezuelano — valor superior ao oferecido por Osama Bin Laden após os atentados de 11 de setembro.

Maduro, que também enfrenta acusações de tráfico internacional de drogas, mantém o apoio da milícia criada por Hugo Chávez para auxiliar as Forças Armadas na defesa do regime.