Doze municípios de Mato Grosso ficaram sem vacinas para aplicar no grupo prioritário na última semana, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). Além disso, outros 14 correm o risco de ficar sem o kit intubação.
Segundo a CNM, a pesquisa foi feita entre o dia 24 e 28 de maio e os nomes das cidades não são divulgados para preservar a autonomia de cada uma.
O levantamento aponta que uma cidade ficou sem imunizante para a primeira dose e dez ficaram sem vacina para aplicação da segunda dose no prazo estipulado pelo informe do imunizante.
Um município ficou sem vacinas para a primeira e a segunda dose.
Em 11 municípios, houve falta da CoronaVac. Em dois, não chegou novo lote da AstraZeneca.
A desumanidade da intubação sem kit. — Foto: REUTERS/Amanda Perobelli
De acordo com o levantamento, dos 82 municípios que responderam, 14 afirmaram que devem ficar sem medicamentos do kit intubação nesta semana.
No kit intubação estão incluídos:
Os medicamentos usados para a intubação, que os médicos chamam de "sequência rápida", são o analgésico na veia, o sedativo para o paciente dormir, também aplicado na veia e o bloqueador muscular, que paralisa alguns músculos do corpo e impede que a respiração natural atrapalhe o ventilador mecânico.
Durante todo o tempo em que os pacientes estão intubados, eles dependem desses medicamentos.
Quase 70% dos municípios que responderam, adotaram ou mantiveram restrições de medidas no município na última semana, como restrição de circulação de pessoas e em atividades econômicas.
Segundo a pesquisa, em 78 municípios as cirurgias eletivas foram interrompidas nos primeiros cinco meses deste ano. Destes municípios, 45 ainda mantêm os procedimentos suspensos e 31 cidades já retomaram os agendamentos das eletivas.
As cirurgias eletivas são classificadas como de baixa ou média complexidade, sem risco de morte para os pacientes. Os procedimentos devem ser reagendados de acordo com a classificação de risco de cada paciente.