Na última audiência de custódia realizada na Comarca de Alta Floresta, distante 788 km da capital, um cenário de tensão se desenrolou quando Márcio Ferreira Gonçalves, acusado de envolvimento no duplo assassinato de Pilson Pereira da Silva e Rui Luiz Bolgo, ocorrido em 21 de abril em Peixoto de Azevedo, quebrou o silêncio ao negar veementemente sua participação nos trágicos eventos.

Em uma declaração carregada de emoção, Márcio assegurou aos presentes que apenas deixou a cidade após ser informado sobre o terrível acontecimento. Sua decisão, segundo ele, foi motivada pelo temor e pela preocupação com a segurança de sua esposa, a respeitada pecuarista Inês Gemilaki. Ele revelou receios de que as ameaças feitas à sua esposa no dia anterior ao crime pudessem estar conectadas aos mesmos indivíduos responsáveis pelo duplo homicídio.

Entretanto, mesmo diante das orientações da juíza plantonista, Dra. Milena Ramos de Lima e S. Paro, para que mantivesse o silêncio, Márcio decidiu romper com o protocolo e compartilhar sua versão dos fatos. Ele explicou que sua ida a Alta Floresta tinha o propósito de entregar alguns filhotes de cachorro na residência de sua ex-mulher, animais estes que pertenciam à sua esposa, Inês.

Este desdobramento surpreendente nessa investigação em curso lança uma nova luz sobre os eventos que cercam o caso. Enquanto as autoridades continuam a buscar por respostas e a realizar diligências para esclarecer os fatos, é essencial manter a imparcialidade e o respeito pelo devido processo legal.

Acompanharemos de perto os desdobramentos dessa audiência e os próximos passos das autoridades judiciais e policiais em sua busca por justiça e verdade.