O empresário Adalberto Amarilio Júnior teve morte violenta por asfixia, segundo exames necroscópicos entregues à Polícia Civil, que investiga o caso inicialmente tratado como suspeita. O laudo indica que ele pode ter sido asfixiado por esganadura ou sofreu compressão torácica, possivelmente causada por pressão no pulmão com o joelho.
Os exames descartaram presença de álcool e drogas no corpo, além de não terem encontrado lesões traumáticas ou sinais de violência sexual. Escoriações no pescoço sugerem ação de terceiros, e a polícia avalia se o empresário foi colocado no local onde foi encontrado por alguém que o agrediu.
O amigo Rafael, último a ter contato com Adalberto, afirmou que ambos consumiram bebida e maconha no dia, mas não é considerado suspeito, apenas testemunha. Câmeras de segurança registraram a chegada do empresário ao evento e seu deslocamento até o estacionamento, onde deixou o carro.
As investigações avançam com a criação de um croqui 3D do trajeto entre o estacionamento e o buraco onde o corpo foi achado, para tentar reconstituir os acontecimentos. A polícia apura ainda se Adalberto se envolveu em uma briga ao tentar acessar uma área proibida do autódromo, o que poderia ter motivado o crime.
A esposa do empresário, Fernanda, afirma que ele jamais entraria voluntariamente no buraco e acredita que ele foi vítima de agressão: “Ele estava indo para o carro para vir embora. Alguém pegou ele nesse trajeto.”
Ao menos metade dos 188 profissionais de segurança e organizadores do evento, incluindo sete seguranças diretamente envolvidos, serão ouvidos para esclarecer o caso. A hipótese principal é que o empresário tenha sido imobilizado de forma violenta, desmaiado e depois deixado no buraco, o que deve ser confirmado nas próximas etapas da investigação.